• Por Priscila Zuini com Rennan A. Julio
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Danilo Parise, diretor da Sioux (Foto: Divulgação)

Danilo Parise, diretor da Sioux (Foto: Divulgação)

Os jogos de tabuleiro marcaram a infância de muita gente. Com o avanço da tecnologia, esse tipo de passatempo perdeu espaço. Hoje, a maioria dos jogos faz mais sucesso em outras plataformas, como consoles de videogame, computadores e até aparelhos celulares. Pensando nisso, a Sioux, startup especializada em tecnologia interativa, fechou uma parceria com a Grow, empresa de jogos de tabuleiro, para um projeto especial: digitalizar clássicos como WAR, Imagem & Ação e Super Trunfo.

Segundo Danilo Parise, 33, diretor de marketing e produtos da Sioux, o projeto fortalece a ideia de que game não é mais brincadeira de criança e, sim, um negócio sério. “Daqui alguns anos teremos ainda mais empresas olhando para este mercado”, afirma .

Parceiros há quase quatro anos, a Sioux e a Grow passaram os últimos oito meses trabalhando no lançamento da versão digital do WAR. O principal desafio do projeto foi manter a essência dos jogos no ambiente digital. “Alguns jogos precisavam de mais dinamismo e menos burocratização”, diz Parise, que trabalhou por seis anos no setor de games da Microsoft.

Com a mudança, os parceiros esperam atingir, além do público já conhecido, uma nova gama de jogadores. “Muita gente que jogava no tabuleiro também vai jogar pelo celular. Mas também queremos novos usuários. O digital é uma expansão de linha do produto.”

Jogo de tabuleiro WAR é digitalizado (Foto: Divulgação)

Jogo de tabuleiro WAR é digitalizado (Foto: Divulgação)


Os jogos podem ser baixados gratuitamente nas lojas de aplicativos da Android e da Apple. Mas o modelo “freemium” garante que a empresa fature com a mudança de duas diferentes maneiras: assinatura, no qual o acesso do usuário é ilimitado e “pacotes” de crédito, que possibilitam ao jogador conhecer áreas bloqueadas nas contas gratuitas. 

Da mesa para o smartphone

Encabeçando o novo projeto está o jogo WAR. Lançado em 1972, ano de nascimento da Grow, ele se tornou o primeiro jogo de tabuleiro de estratégia desenvolvido no país. Na nova versão digital, o game terá as mesmas características do original.

“É um privilégio levar esse jogo para o ambiente digital”, diz Parise. Para Marcelo Rovai, diretor geral da Grow, um diferencial do novo projeto é o fato dos jogadores não precisarem estar no mesmo local. “O modo multiplayer online possibilitará que até seis pessoas joguem juntas pela internet”, afirma.

Além do game de guerra, também estão disponíveis os jogos Imagem & Ação, Perfil, Puzzle e Super Trunfo. Segundo Parise, a resposta tem sido melhor do que imaginavam. “Os downloads estão 50% mais do que tínhamos calculado”, diz.

Diferentes projetos

Além da parceria com a Grow, a empresa criada em 2001 também produz projetos de gamificação para outros clientes, de diferentes setores: companhias como Santander, Sky Adobe e FTD estão no portfólio da startup. “A gente atende clientes de diferentes ramos que procuram projetos com a nossa cara”, diz.

Com 50 funcionários, divididos nos escritórios de São Paulo e Paraná, a empresa projeta fechar o ano de 2015 com um faturamento entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões.